segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

E você?


Deixa-me cometer erros, sem julgar?





Ou é como todos, cobrará o certo de SEMPRE...?

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Crianças

Enquanto era criança entendi todas as tuas mentiras, achei que quando crescessemos tudo mudaria, mas foi em vão pensar, apenas me iludi, acho que só eu cresci, e você?. E agora, o que faço? Nunca tentei ser a tua algema, nem ao menos te cercar, nunca te tranformei em minha propriedade, sempre tiveste a opção entre meu amor e a minha amizade. Pq simplesmente te transformaste em uma porta com a fechadura quebrada? E a nossa liberdade? Por onde anda?
Espero que um dia tenhas essas resposta para me dar, espero que não seja tarde...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Tela


Só resta-me continuar a jogar cores na tela, talvez um dia elas me ajudem a colorir esse mundinho solitário, egoísta e irritantemente, irônico.






CORES sem CORES

coloRIdo SEM coloRIdo

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Silêncio


Como começar a dizer se a tua mão cala a minha boca? Pediste tanto tempo silêncio, fiquei muda. Posso ser um sonho, mas o sonho que construiste, a ilusão que desejaste. E se um dia eu me revoltar? Explodir? E ai, o que vais dizer? Realidade, meu bem, realidade! Um dia eu chego lá! Lábios! Mais dedos! Pshiiiiiiii...

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Aposta


Sabe o que me acontece hoje? Claro que não! Esqueci do seu mal humor e de todas as horas impróprias que procurei, não lembrei que você não tem tempo para me enxergar.

Agora são os meu olhos que não suportam tanta desgraça, eles ardem uma dor quase imortal, mas vou superar e mostrar a todos que você estava errado. Sou melhor do que um dia te mostrei. Sou melhor do que a tua imaginação pode criar. Sou melhor do que eu mesma sei, isso posso garantir. Aposte, você verá que a sua carta talvez seja de um baralho velho...


Ou quem sabe os cacos do espelho que me deram azar te tragam sorte...
Vamos apostar?!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Encontro




Minha querida,
tantos anos sem ter contato algum. Sem visitas. Sem cartas. Sem recados. Sem telefonemas. Sem saber como tu estavas. Sem poder sentir teu novo cheiro. Sem escutar nenhum acorde do antigo piano. Sem saber se ainda gostas daquele mesmo sanduíche da esquina da nossa rua. Lembras?
Apenas lembrança das gargalhadas inocentes, dos passos antigos copiados de alguma bailarina famosa, do vicio em breu, das primeiras sapatilhas, a primeira aula de ponta, das dietas malucas, das quedas, da sensação maravilhosa dos palcos, dos choros de felicidade, os de decepção, das confissões, dos segredos públicos e os secretos, também. Ah! Eu lembro tão bem...
Não posso mais te tratar da mesma maneira, talvez me olhasses com reprovação, porque não há mais carinho, não há mais cumplicidade, apenas passado, e o passado não volta, não é mesmo?
Agora te vejo de longe, com um sorriso no rosto aplaudo de pé, para mostrar a todos a admiração que tenho de te ver chegando tão longe...

Onde um dia sonhamos estar, mas, hoje, em novos espelhos...

domingo, 26 de outubro de 2008

Roda viva


Ai, no final das contas, só o eterno medo de roda gigante!
E a morte? Fica para o início.
A vida? Roda viva...

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ruas


Andava solitária por uma avenida movimentada, contrária a todos os carros, a todas as pessoas, a todo barulho, a toda beleza do céu de dezembro. Só conseguia pensar nas besteiras em que pude te dizer nos meus momentos de raiva, só poderia pensar, nada voltaria. As lágrimas teimavam em nascer, eu teimava em engolir, sabia que a frieza retornaria, era questão de segundos.
As buzinas me despertavam do pesadelo, fazendo voltar ao meu caminho. O desespero da mudança baixou minha cabeça, não enxergava nada a minha frente, só sabia olhar o presente, sem soluções, sem volta, com muito medo.
Pensei em voltar, correr atrás de ti. Tropeços. Lá vai meu coração...

Caindo...
Caindo..
Caindo.

Triste despedida!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Apenas cores...


Não fiz o que tive vontade quando me ligaste naquela noite, talvez por acreditar que seria como todas as outras vezes que me ameaçaste com a tua ausência, não acreditei que pudesses me culpar pelos teus erros. Por que não tiveste coragem em me dizer todas aquelas verdades pessoalmente, olhando nos meu olhos e demonstrando todo o ódio que teimas em afirmar que sentes por mim, porque? Queria ter tido a oportunidade de segurar nos teus braços com força, te sacudir e mais uma vez te mostrar que os dramas mudam o percurso para o lado oposto dos nossos planos.
Não tiveste coragem de me dizer a verdade mesmo quando a tua voz trêmula, no telefone, dizia. Não te culpo, eu que tomei todas as tuas dúvidas pra mim. Agora tenho que te dar liberdade, quem sabe um dia saibas reconhecer que tirei todas as agulhas dos teus assentos, mas esqueceste de me dizer que um dia precisarias de uma para a nossa transfusão.
Hoje, te vejo passar, mais preto e branco do que nunca. Tanta contradição em apenas cores. Não sei se sou o pote de ouro do final do teu arco-íris, talvez nem tenha a pretensão de ser, mas ainda estou aqui, esperando notícias tuas...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Reflexão




Vale mesmo a pena virar o rosto para o nosso passado?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Mudanças


No mar, a última gota salgada da tempestade passada...

Na terra, o desespero de não poder contemplar as ondas.


No céu, a esperança do amanhã.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Minha rima, meu verso, meu par...


Todos diriam que para que fosses a minha rima terias o final como o meu, mas que final se ainda estamos no começo? E como podem se meter na minha vida e decidir quem é meu verso? Escolho a ti!
Queria escrever coisas bonitinhas, melosinhas, engraçadinhas, para te encher com um sorriso de conforto, mas não posso ser hipócrita. Tantas pessoas morrem lá fora sem que os noticiários revelem isso e o que posso fazer? Tu sabes? Dirias que ainda devo lutar, tão a tua cara essa frase, meu bem, mas tens andado tão longe de mim, que acabei passando um pó no rosto para disfarçar as olheiras das constantes madrugadas em claro, pensando em como te dizer tudo isso.
Até o espelho elogiou minha atitude! Todos na rua admiraram, mas os sorrisos foram momentâneos, passageiros e cultivaram a lágrima solitária na final do expediente da bela atriz que me tornei. Isso mesmo, uma bela atriz! A que não precisou de escolas de teatro ou cinema, para encenar com perfeição a sua própria vida.
Ninguém parece me enxergar, nem eu mesma tenho entendido por que tanto desespero sem motivos, sem entendimentos, as respostas andam perdidas, talvez ainda faltem às perguntas certas para as pessoas certas. Mas qual a hora certa? Se souberes, por favor, corra pra me contar, por que as coxias estão fechando...
E ainda não encontrei meu par...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Dama de negro


Ela bateria na porta. Eu tinha certeza, mas continuei olhando as fotos coloridas e alegres. Três toques. Silêncio. Barulho da dobradiça enferrujada. Fiquei quieta. As cores ainda estavam encima da cama. Não tive coragem de olhar. Com um ar impetuoso alguém disse:
- Vim ficar com você!
Tive vontade de gritar, dizendo que eu recusava a companhia, mas não tive forças, só consegui virar o rosto em sua direção. Deslumbrante! Branca como o luar, roupas sem cor, negras como a madrugada. Divina dama de negro. Apenas abaixei a cabeça consentindo.
- Não tenha medo, minha querida, você se acostumará com o frio, disse com um sentimento materno.
- A senhora perguntou se eu queria? Respondi entristecida.
- E as pessoas perguntaram se você agüentaria as promessas não cumpridas? Tenho certeza que não! Retrucou, decidida.
- Mas prefiro esperar. Voltarão pra me buscar.
Uma gargalhada debochada, irônica e apavorante ecoou no vazio. Senti vergonha.
- Você acredita mesmo nessa ilusão? Ah! Faça-me o favor, meu bem. Vamos!! Não tenho a vida toda...
Não pude mais olhar o colorido do passado. Fui congelada pelo sopro da divina dama, a misteriosa solidão.
Por favor, senhora, não me abandone...
Entre suspiros, sussurrei: Também...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008


O que enxergas lá fora? Anda! Diga-me!! Preciso escutar de ti, não posso mais confiar em ninguém. Todos me usaram para enriquecer seu egoísmo.
Entreguei - te meus olhos, agora me leva contigo...

domingo, 7 de setembro de 2008

Meu mundo!


Tudo muda de lugar, mas eu continuo aqui te esperando, sozinha, calada, sonhando....

domingo, 31 de agosto de 2008

Atriz


Passei tanto tempo procurando a perfeição nos lugares errados, nos pés das bailarinas, nas delicadas pinceladas dos pintores, nas palavras medidas dos poemas, mas esqueci de olhar para o lado e entender que todos os dias contruia a perfeição, com as nossas conversas, com o silêncio, com os olhares de aprovação, com o chiado de desaprovação... Esqueci de olhar o rosto da atriz.
Percebi que vivia o dia inteiro para no fim da noite te contar tudo com entusiasmo, mostrar que eu podia mudar a cada experiência, e ser melhor, saber da tua opinião, chorar no teu colo meus erros e dúvidas, escutar conselhos mesmo quando eu achava que não precisava.
Com o tempo, foste ganhando um espaço que talvez nunca niguém tenha recebido a oportunidade, mas não que dessa vez eu tenha quebrado a regra, tu foste diferente, começaste conquistando meu respeito, minha admiração, minha confiança, meu amor...
Passaste a ser a amiga que um dia eu sonhei, e não foi em vão esperar, apareceste na hora certa, pq se fosse antes talvez tivesse muito nova para entender tua importância e mais tarde já teria amadurecido da pior forma e não poderia mais enxergar teu dom de me fazer bem.
Aprendi que os amigos são a família que a gente escolhe. E eu te escolho quantas vezes forem preciso. Amo-te, amiga.

sábado, 30 de agosto de 2008

Espírito...


A sensação de agora? Sublimação pura!



Pq, no futuro, os sonhos da infância só pertencem a Srta. Lembrança...
Mas despertam a melhor sensação, a de voar...

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Um dia..


Foram tantas conversas, tantas palavras soltas e sem nenhum sentido jogadas fora, tantos olhares magoados, tantos sorrisinhos irônicos e cheios de segundas intenções...Só porque os acontecimentos foram distorcidos, o amor não valeu de nada nos piores momentos, só como metáforas de textos antigos e a ilusão da procura.
No começo, tudo virava gargalhadas altíssimas, as piores piadas eram longos depoimentos de alegria, depois os passeios de fim de tarde viraram longas torturas, desafios terríveis, os encontros eram banais, e para onde foi a amizade?
Muitas horas me perguntei isso, achei que tinha voltado ao início do nada e estava sozinha de novo, mas olhei pro lado e vi que a única coisa que faltava era esticar os braços e puxar com força, muita força a felicidade pra perto de mim. Ela estava ali, dividida em 4, bem do meu lado, mas não pude enxergar, porque estava cega pela mágoa. Elas sempre estiveram...
e nos perdoamos como verdadeiras amigas.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Destino


Abri a janela na esperança de encontrar o sol, me alimentar com a luz da vida, mas nenhuma estrela no céu nublado. Fechei novamente, voltei para o quarto, peguei o relógio, as horas não passam. Tantas coisas me vem a cabeça. Teus suspiros de paixão. Os olhares de amor. A rosa de cada manhã. Pra que tantas declarações de amor, se no primeiro desentendimento o que marca minha alma são as tuas ofensas?
Por que tentar me mostrar um mundo que não é teu, se amanhã serei bombardeada com cada verdade e sangrarei por cada mentira? Chega de tentar me ludibriar, cansei de tanto descaso. Não sou mais a garotinha que sonhava com os cantos infantis, mudei, agora sou a mulher que sente saudade dos sentimentos dos contos de fada, mas vê que a realidade é bem pior que muitas novelas mexicanas.
Tantas portas na minha frente, cada uma de uma cor, mas pra que encontrar a chave se a maçaneta da porta continua quebrada?
Tanta ironia sem sentido, que a dor começou a fazer papel de felicidade.
No fim, só me vejo sentada em um velha cadeira de balanço, ao lado de quem nunca me abandonou, meus livros...

domingo, 10 de agosto de 2008

Auto retrato

Eu não tinha esse rosto de hoje, meio indefinido, meio sem jeito, marcado pelas ilusões e expressões da vida, nem esses olhos fundos que refletem um sonho acabado.

Eu não tinha esse coração congelado e melancólico que foi destruído com o tempo, nem essa respiração ofegante que ficou pelo cansaço das tentativas, talvez frustradas. Meus pensamentos ficaram viciados no passado, a memória esqueceu o futuro e perdeu o presente.

Eu não tinha essas lágrimas cristalinas que parecem romper o ar, ao rolar pela maçã do meu rosto, nem este tom irônico que ecoa de um coração frágil, que secou por ter sido exposto ao sol.

Eu não tinha esse vazio que preenche meu peito, nem esse silêncio que cala minhas esperanças. Eu tinha apenas um sonho, que o tempo carregou depois de um forte vendaval, deixando apenas uma profunda calmaria, a solidão.

Depois de me afogar nas emoções, perdi a noção da razão, a paixão e talvez até o coração. Então eu descobri que tinha tudo e não tinha nada.








Inspirado em Cecília Meireles!