terça-feira, 31 de maio de 2011

Alguém?

Talvez eu seja uma covarde, por não conseguir sentir o que quero. O medo de sofrer tem apagado minha criatividade, minha vontade de escrever contos, de contar histórias, coisas que eu gostava tanto de postar aqui. O "mil balões coloridos voando" mudou, assim como eu mudei. Ando contando aqui só o inevitável, só o mais sem graça da vida, tenho ficado sem paciência de sentar e escrever horas e horas todos aqueles textos emocionados, emocionantes e apaixonados. Será que ando perdida por aqui? Em que mês foi isso? Alguém por aí saberia me responder? Ah, alguém continua lendo o que eu posto? Ou também desistiram de mim?
Estou me sentindo sozinha, não só na vida real, meu blog demonstra isso. Ficou chato voltar por aqui, não sei se tem alguém aí do outro lado da tela lendo o que escrevo e do que adianta continuar? Se for para ser apenas um diário eu desisto, não tenho necessidade de contar minha vida assim, não sou tão sozinha ao ponto de precisar desabafar por aqui. Tenho mil amigos imaginários, tenho mil fantasmas me perseguindo, consigo falar sozinha, discutir sozinha, xingar..me xingar. É, sou autossuficiente. E mentirosa também. Afinal, é preciso enfeitar para vender. Não precisava confessar, eu bem sei, mas o desespero para me encontrar tá enorme. Alguém sabe em que mês eu estou? Em frase parei? Alguém tá aí...? 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

a balada da bailarina torta

Estou com saudades do ballet mais um vez. É que a minha vida de jornalista não tem deixado espaço para o sonho de menina de ser bailarina, daí minhas emoções ficam bem aqui, loucas para serem expostas, porque só a dança deixa minha alma leve. Alguns passinhos, piruetas no meio da rua ajudam a aliviar, mas nada como uma boa aula com barra, adágios e alongamento. Quer dizer, acho que sinto mais falta mesmo daquela sensação maravilhosa do friozinho na barriga antes de entrar no palco. Sabe, coisa de bailarinas.
Mais uma vez encontrei uma musiquinha de bailarina por acaso no youtube, foi bem sem querer mesmo. Mas isso sempre me faz um bem danado. Lá vai minha alma flutuar leve novamente...

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Bons ventos sempre chegam

Andava precisando de inspiração para escrever, cheguei a achar que com a felicidade que eu estava nunca mais conseguiria escrever. Daí vieram motivos para tristeza e nem assim fiquei mal, nem assim consegui que meu eu-lírico voltasse para toda aquela nostalgia, todo aquele desespero e pessimismo. Acho que isso é bom, né não? Talvez tenha me curado de toda aquela doença do mal do século. Talvez não precise mais das palavras para desabafar tudo que sinto por aqui. Será que ganhei autossuficiência nesse quesito? Mas aí como fica a paixão pela escrita? Será que diminuirão as postagens por aqui e passarei então a me dedicar apenas ao jornalismo? Seria melhor se fosse assim, porque deixaria de me expor tanto. Deixaria de contar tudo que passar pela minha cabeça, ou quase tudo. Só que tenho certeza que meus balões ainda ficarão voando por esse céu durante alguns anos, mesmo que ninguém mais olhe pela janela.

Achei que muitas lembranças atacariam minha mente na viagem ao Rio de Janeiro. Não que não tenha revivido nada, na verdade, relembrei de viagens que não tinahm bem a ver com Rio, não diretamente. Lembrei muito de Campo Grande, pelas loucuras que aconteceram por lá. Não teve namoro a distância, mas teve desenrolar de casos, com a mesma conexão em Garulhos, a mesma quantidade de tempo esperado, quase a mesma ansiedade... A diferença é que não teve motivo para tristeza na volta. Muito pelo contrário, a sensação durante o show do Paul McCartney foi de pura realização. Estou feliz, como há muito tempo não estava. Sem nenhuma trilha sonora, talvez eu mesma faça alguns acordes...

sábado, 21 de maio de 2011

Ao Rio de Janeiro...

Falta pouco mais de 5 horas para eu entrar no avião. O destino é aquele que sempre faz meu coração saltar: Rio de Janeiro. Não sei se ainda há alguma coisa pendente lá, não sei se qualquer sigla ainda significa qualquer coisa para mim, mas por medo não a escrevo, é que mexer no passado dessa forma importuna outras pessoas. Daí eu prefiro que os contatos sejam novos, as pessoas são as mesmas, entretanto as histórias são novas, assim como são novos os sentimentos e as minhas vontades.
O frio na barriga que veio agora, enquanto eu arrumava a mala foi semelhante ao meu desespero em lugares altos. Pela primeira vez não foi enjoo, nem aquele mal estar, quase como uma sensação de desmaio... foi aquele frio na barriga gostoso de aventura. Afinal, pela primeira vez terei que me virar sozinha numa terrinha que sempre me acolheu tão bem, mas que sempre foi ao lado da irmã caçula. Dessa vez, ela não estará lá, não haverá ombro para dividir a nostalgia, mas terei os abraços mais calorosos do mundo para que sejam remontadas novas recordações, com o fundo musical mais lindo: Paul McCartney. Que mais eu poderia querer desse final de semana?
Meu mundo começa amanhã, erraram na profecia. 

Só consigo cantar: "7h da manhã, vejo o Cristo da janela..."

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Você não sabe quem eu sou

Queria poder confiar nas pessoas ao ponto de contar minha felicidade, sem medo que ela acabe em 24 horas, talvez confidenciar também os meus segredos sem que eles provocassem julgamentos tenebrosos, ou ao menos desabafar todas as tristezas de um amor inventado e nem por isso ser alvo de olhares tristonhos. 
Queria ter coragem de demonstrar a menina fraquinha, toda coração mole, sentimental e cheia de sonhos que eu sou. Fingir ser grosseira, irônica e cheia de mau humor é insuportável, chega a ser mais fácil, entretanto não é simples. Fica mais difícil de maltratarem, abusarem do meu coração bonzinho. Só que confesso, tenho perdido mais pessoas especiais com toda essa "marra" do que me protegido de maldade. Vocês não sabem que eu sou!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Mais coragem do que sorte

Acho que a objetividade aprendida no dia-a-dia do jornalismo tomou conta de mim. Quero estalar os dedos e dizer tudo em três tempos. É, parar com os rodeios e contar logo tudo que me vem a cabeça. Dizer que estou apaixonada e correr todos os riscos. Como atravessar correndo na frente dos carros, em uma pista movimentada, ao meio dia, enquanto o sinal está aberto. Loucura, talvez. Mas cansei de esconder os meus sentimentos só para não ficar exposta à opinião dos outros. Agora, hei de confessar minhas paixões abertamente, sem ter medo de ousar. O máximo que pode acontecer é eu sofrer por um tempo e depois precisar ficar aqui escrevendo textos tristes até passar. Isso vocês já estão acostumados, né? Aí, passa. E novos astronautas surgem, sem que seja necessário parar a música.