sábado, 31 de janeiro de 2009

Salve a Amazônia


Ilmo Ministro, Carlos Minc,

o senhor é a minha última esperança. Tudo está pegando fogo. Acuda! Corra! Depressa, nossa vegetação - o que nos restou dela- está tomada pelos incêndios criminosos, brutais. Sofremos com a perda dos nossos ancestrais, desde a chegada dos portugueses, que levaram o pau-brasil para sustentar as cores dos modelitos de suas senhoras. Depois, veio os desmatamentos para o cultivo da cana-de-açúcar, café, mineração, sempre para defender os interesses de uma elite egoísta e inconseqüente. Agüentamos...

Tudo piorou com a industrialização tardia da década de 1930, no governo Vargas, quando muitas áreas de vegetação deram lugar à grandes fábricas, cheias de elementos tóxicos, matando o mundo. Agora, com a urbanização celerada, prematura, adolescente, estamos acabando. Basta! Queremos viver, exigimos Providências.

Todos os dias, ministro, vemos o sol nascer mais perto e frio, congelando nossas folhas. Assistimos nossas irmãs e primas serem assassinadas, nossa sentença é " sobreviver" num solo morto, já que há uma lei de proteção as castanheiras... (!) estamos morrendo " bronzeadinhas", chamuscadas, sufocadas pelo ar da fogueira de interesses e soterradas por terras envenenadas com CO2.

Senhor ministro, é urgente! Já não temos a Zona da Mata Nordestina, nem a Atlântica. E a Floresta Amazônica? Está ameaçada! Se não agirmos, vocês perderão o turismo, a saúde, a água, a produção agrícola e pecuária e nós...a vida.



Uma extrativista sonhadora.

domingo, 25 de janeiro de 2009

futuro

Um dia ainda me afogo em tanta imaginação...

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Outra


O que fazer agora? Ele se apaixonou por outra. É, isso mesmo que você lê. Ele se apaixonou por outra. Ele analisou-me com os olhos cheios de lágrima, sorriu e deu-me um abraço apertado, dizendo: "Senti a sua falta". Respondi com um simples beijo: "Também senti saudade, mas foram apenas dois dias, meu bem". O beijo me tirou o fôlego, senti como se fosse o nosso primeiro, ele conseguiu, mesmo depois de três anos de cumplicidade. Respirei fundo, olhei-o penetrantemente, e disse que ele estava apaixonado por outra. A indignação foi instantânea, mas calei-o com mais um beijo e pedi que me escutasse. Sim, sim, por outra, pois não sou mais a mesma que ele se apaixonou no último verão. Sou alguns meses mais velha, talvez alguns quilos mais magra, estou lotada de novos projetos, com mais juízo e menos fôlego. Mesmo assim apaixonou-se. Acredita?

Os carinhos que recebi, hoje, serão meus, apenas meus, pela eternidade, mesmo que amanhã sejam injúrias.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A verdade sobre as cores...


As lindas cores falantes, as vibrantes e fantasiosas cores não passavam de estratégia. Velhas alunas de Teoria da Comunicação. Por muito tempo, foram as máscaras em um carnaval fora de época. Encantava a todos com uma energia contagiante, com um sutaque intelectual e uma amizade indescritível. O volume da música foi baixando e as cores sumindo com a verdade...


A máscara caiu. A dama de negro gargalhou. Vingou-se, mas não venceu.