quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Novos medos

Meus medos passaram a ser outros, assim como nasceram mais aflições e dramas.

Não tenho mais receio de morar o resto da vida na cidade onde eu nasci, eu tenho medo de um dia não conseguir voltar para o colo das mangueiras mais quentinhas e gostosas do país. 
Não tenho mais receio de ver todo mundo que eu amo ir embora, tenho medo que todos decidam me abandonar ao mesmo tempo, enquanto ainda não pude dizer o quanto são importantes.
Não tenho mais receio de passar anos buscando a felicidade, tenho medo de nunca mais encontrá-la.
Não tenho mais receio de chorar, tenho medo de não ter lágrimas para libertar quando houver dor.
Não tenho mais receio de sofrer, tenho medo de nunca mais me sentir amada.
Não tenho mais receio de perder a visão, tenho medo de perder a lembrança de toda minha vida.
Não tenho mais receio de amar, tenho medo de nunca mais cantarolar e dar passos nas nuvens entre os carros. 
Não tenho mais receio de nunca encontrar alguém que me ame na mesma proporção e saiba demonstrar isso, tenho medo de nunca mais conseguir dizer "eu te amo" com o mesmo significado que meu coração dá à frase.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

De volta para casa...

Belém sempre teve uma magia dentro de mim. É um amor estranho, cheio de coisas do passado que não sei bem explicar, mas ao mesmo tempo sempre senti uma vontade incontrolável de ganhar o mundo, de viver em outros países... ser jornalista internacional. Não que isso tenha acabado. Só foi adiado, em pouco mais de 1 mês em Buenos Aires percebi que a minha cidade tem uma capacidade absurda de regenerar meus sonhos e só é possível aqui, nas minhas raízes, junto com quem eu amo. Buenos Aires é um encanto, é uma cidade onde eu moraria, onde construiria família e sonharia ainda mais alto, entretanto... não agora. Não agora que preciso realizar sonhos aqui em Belém. 
O clima quente e aconchegante da Cidade das Mangueiras faz uma falta tão grande, mesmo com todo aquele calor portenho. E confesso que o que mais gostava em Buenos Aires era poder falar espanhol a hora que eu bem quisesse...