terça-feira, 12 de agosto de 2008

Destino


Abri a janela na esperança de encontrar o sol, me alimentar com a luz da vida, mas nenhuma estrela no céu nublado. Fechei novamente, voltei para o quarto, peguei o relógio, as horas não passam. Tantas coisas me vem a cabeça. Teus suspiros de paixão. Os olhares de amor. A rosa de cada manhã. Pra que tantas declarações de amor, se no primeiro desentendimento o que marca minha alma são as tuas ofensas?
Por que tentar me mostrar um mundo que não é teu, se amanhã serei bombardeada com cada verdade e sangrarei por cada mentira? Chega de tentar me ludibriar, cansei de tanto descaso. Não sou mais a garotinha que sonhava com os cantos infantis, mudei, agora sou a mulher que sente saudade dos sentimentos dos contos de fada, mas vê que a realidade é bem pior que muitas novelas mexicanas.
Tantas portas na minha frente, cada uma de uma cor, mas pra que encontrar a chave se a maçaneta da porta continua quebrada?
Tanta ironia sem sentido, que a dor começou a fazer papel de felicidade.
No fim, só me vejo sentada em um velha cadeira de balanço, ao lado de quem nunca me abandonou, meus livros...

2 comentários:

Unknown disse...

Égua miga ahei liiiindo *_*

Unknown disse...

Tá mais do que lindo, tá profundo de verdade.

É... essas impressão da vida que tenho.Mas, ela foi alterada por vocês.

Te amo, minha ironia.

O texto está divino. As colocações também.

E o enredo melhor ainda.:)