quarta-feira, 7 de julho de 2010

Cala a boca!


Não quero falar com ninguém. Não preciso gritar isso por aí. Minha expressão aborrecida já diz tudo, mas mesmo assim quase ninguém respeita. Sai de casa sem tomar café, como de costume, assisti aula do curso de férias de espanhol, no entando, pedi para sair mais cedo. Não faria falta lá, além de ser a número ímpar, passei todo o tempo calada, apenas escutando e respondendo com bastante má vontade o que me era perguntado. Saí da escola de indiomas pensando em espanhol. Sem perceber estava pensando em nada. O mau humor só aumentou. Uma raiva sem motivo, sem permissão, sem nenhum fundamento, entretanto uma raiva consistente.
Diferente das pessoas que frequentam análises, não gosto de conversar quando estou estressada. Muito pelo contrário, nem gosto que toquem no meu nome. Prefiro ficar quieta, trancada no meu quarto, quase um submudno. Se eu fosse o "mundo extracorpóreo" teria medo dessa bruxa mal humorada. Meu dia vai ser arquitetar planos para acabar com o mundo. O seu mundo. Agora, cala a boca, sai daqui e fecha a porta.

Ps: Diferente de outros textos não me importei em repetir "mundo" trocentas mil vezes. Quem sabe pelo mau humor? A resposta mais apropriada seria: "talvez para fazer parte dele".  Por que vou para sempre ser estrangeira, onde quer que eu vá. Infelizmente, nem é por tanto andar como disse Caio F. Tive o trabalho de usar minha vassoura em todas as viagens. Em quase todas!

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