terça-feira, 29 de março de 2011


Queria ser engraçada. É, saber contar uma piada, escrever textos cômicos, ter o dom de fazer as pessoas rirem, mas só faço o contrário, o máximo que consigo é uma comoçãozinha e um encantamento com meus textos, tipo: "Owm, que bonito". Não que eu reclame, cada um tem um estilo e o meu é esse. 
Hoje, eu acordei meio destrambelhada, rindo de qualquer coisa, falando besteiras, sendo mais expressiva, provavelmente irritando mais as pessoas que não são fãs desse meu jeito meio frescurendo de demonstrar minha felicidade. E nem me importo, na verdade, gosto mesmo de irritar. Quando pessoas desse jeito estão perto de mim, daí eu intensifico as expressões, aumento a minha frescura e até faço um sotaque diferente, meio carioca se achando, sabe? Acho graça disso depois, mas não me importo tanto de ser a insuportável. Prefiro ser a insuportável para os desconhecidos e a chata-legal para os queridos. 
O engraçado é que não tenho nenhum tipo de motivo especial para ficar rindo sozinha por aí, só estou feliz. Sabe como é? Não tem nenhum tipo de amor platônico, nenhuma promessa estupenda, muito menos ganhei qualquer herança e vou poder viajar o mundo. Não! Só estou assim, sentindo vontade de sambar no corredor da universidade, gritar "Buenos días" ao chegar na sala de aula atrasada, correr para abraçar a amiga que acabei de ver, tomar sorvete andando pelas ruas da cidade sozinha sem achar que isso é depressivo... sei lá, quero soltar mil balões coloridos por dia nas ruas dessa cidade, para ver mais cores no céu...

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