quarta-feira, 2 de março de 2011

Esperando por...

Não sei mais desabafar, nem aqui, nem lá. Talvez me sinta uma autista, por não ouvir ecos, nem respostas. Só, sem lamentos, qualquer reclamação e até reação. Não falo de relacionamentos amorosos, por favor, a vida não é feita apenas disso (muito menos os meus textos). Quer dizer está certo que passará também por isso, mas não tem a ver com as minhas paixões dessa vez. O problema são os outros.
O fato é que as pessoas mudam quando entram nas ondas de paixão, não culpo ninguém, isso é uma constatação, todo mundo muda. Casais de namorados fazem juras de amor eterno, passam a sair juntos para todos os lugares, como se fossem extensão um do outro, esquecem a família, os amigos e todos os compromissos individuais. É bem aí que mora a minha angústia...
Anos de amizade parecem não importar nenhum pouco diante as saudades indescritíveis e insolúveis dos casais. Os encontros com as amigas ficam para a próxima semana, a pelada e a cerveja com os amigos para outro dia, para quando a namorada puder assistir. Aí diminuem os vínculos com os outros e só aumenta o laço afetivo e a dependência emocional dos apaixonados. Lá na frente, quando por algum motivo tudo isso não importar, voltam as ligações para reencontros quase desesperados com as melhores amigas e os jogos de baralho e umas biritas para descontrair, em algum bar novo da cidade com os antigos companheiros. 
Os amigos estarão lá, como anos antes, esperando o reconhecimento dos erros, os abraços apertados de toda reconciliação (que deveria ser unilateral) e novas promessas de que nunca mais cometerá os mesmos erros de trocar por qualquer mulherzinha/cachorro a companhia maravilhosa. Tudo mentira, gente. Não que seja mentira na hora, não, isso não. Só que a memória fica enfraquecida com a pressão de toda nova paixão. 
Aí o ciclo inicia e novamente me sinto solitária, esperando por...

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