segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Estranhamente, eu.


Um sorriso inocente, o rosto infantil, no entanto um tanto arisca. A garotinha escondia-se atrás de respostas calculadas, inacabáveis explicações e lindas máscaras. Todas as manhãs, a rotina era repetida sem reclamações, ao menos aquela, pós, blushes e cores pálidas e sombrias maquiavam a fragilidade (= = medo). Quiça ninguém a notasse!
Desesperadamente apaixonada pelo avesso do mundo, apaixonou-se pela limitação: do real, da imaginação, do sobrenatural, do humano, indiscutivelmente, pela sua. Por isso, já não usava mais espelhos, pois toda a imagem era dobradura do real, planamente concebível. E a vida, havia tomando uma estrada distinta, talvez côncava, que exigia outra representação.
Não mudou quando imploraram. Coerente, talvez, com a sua estranha natureza: sumiu, fugiu, destruiu. Inevitavelmente, ela voltará...quando a esquecerem.
Senão será você, virtual!

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