sábado, 18 de abril de 2009

Desencontro


As lágrimas parecem nascer nos meus olhos, mas timidamente não conseguem fugir pelo meu rosto. O espelho embaçou, nem a minha imagem pode refletir. Com os dedos ainda salgados e molhados, contorno o espelho, revelando o triste olhar que me contempla. Sinto, não posso voltar, as lágrimas agora caem desesperadamente, sujando a maquiagem. Quando te procurei vesti meu melhor papel de atriz, fui forte, guerreira, uma mulher cheia de coragem, olhei vibrantemente em teus olhos e me despedi, sabia que um dia tudo cairia, mas não seria em meu palco, com a minha plateia.

Hoje, me despeço como na nossa primeira carta.
Que seja eterno enquanto dure! O tempo passou...

O doce veneno desliza por meu corpo, mas só eu consigo enxergar essa dança honrosa.

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