domingo, 3 de março de 2013

Recomeço

Não sofria de insônia. Não existiam ansiedade e angústia no meu vocabulário. Até que te conheci. Depois disso, continuei com a rotina de deitar cedo, mas me acostumei às tuas horas, e passei a revirar na cama, pensando em ti, apenas para esperar uma mensagem de boa noite. E logo de manhã, cedo, eu que antigamente tinha tanta dificuldade em levantar, comecei a acordar com os primeiros raios de sol, só para escutar aquele tímido som de mensagem chegando ao meu celular com "Bom dia, bom trabalho, meu bem". E a ansiedade em te ver, em saber como foi teu dia...? E a angústia em esperar que resolvesses todo o teu dia, para me ver no final? Tudo passou a ser novidade. E foi isso que trouxeste para minha vida. Trouxeste, para mim, a possibilidade de olhar para o lado e ver que eu poderia viver o presente sem desespero, porque o futuro talvez seja só amanhã. 
Possivelmente não poderias ficar aqui tanto tempo, talvez tenhas o dom de fazer bem às pessoas e comigo, estarias privando o mundo da tua companhia. Porque se ficasses, eu ocuparia todo o teu tempo. Porque a vontade que dá, ao te ver, é ir se instalando na tua vida aos poucos, devagar, sem pressa, para que tudo saia na mais perfeita ordem, mas nunca acabe. 
Quando você foi, sem ir, me deixou, ainda, a insônia, a ansiedade e a angústia. Agora, por motivos diferentes. Ainda deito cedo, às vezes até pego no sono, para não esperar frustrada pela mensagem que não vai chegar, no entanto, no meio da madrugada... lá estou eu, novamente, pensando, esperando e acordada por ti, cronometrando teus passos pelos meus pensamentos. E pela manhã a mesma coisa. Acordo cedo, com frio no estômago, com a barriga fervendo, pensando: será que ele acordou? Será que se lembrou de mim? Bem que poderia me desejar novos bom dias. E há algum tempo não vem. 
Ainda tenho esperança que a gente se encontre. Que você se encontre antes de me ver. Eu posso esperar um pouco. Uma semana, duas. Um mês, talvez. Só tenha um pouco de pressa, porque meu tempo pode não ser o seu. E aí... Teremos nos perdido, para sempre.

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