Setembro chegou, já é primavera. As flores deveriam estar nascendo, mas a terra anda infértil, ninguém aduba, ninguém molha, ninguém olha. E todo mundo só espera a época da colheita chegar. O primeiro dia do mês veio logo com uma promessa indiscutível de felicidade: dia da bailarina com comemoração adiantada. Nada disso, minha gente, era só promessa. Porque o segundo dia, fez agosto e todo seu mau gosto voltar. O que deveria ser alegria, agora explode no meu peito como presságio de mal agoro: o corpo dói, a cabeça lateja e a consciência pesa como se o crime fosse triplamente qualificado.
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